sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Movimento Hip Hip Muda o Bairro da Paz

O grafite é uma das artes incentivadas pelo Clã. O grafite é uma das artes incentivadas pelo Clã Nelson Luis Projetos que visam incentivar a cultura e a cidadania vem ganhando cada vez mais força na sociedade civil. É cada vez maior a participação da comunidade em movimentos sociais. A iniciativa de grupos que desenvolvem e organizam projetos, mostra que a periferia também é um lugar de criatividade. Na Organização Sócio-Educativa Cultural Hip-Hop Clã Periférico ?Família da Periferia? não é diferente. O grupo que surgiu em 2000, tem mudado a dura realidade dos jovens e adolescentes que vivem na comunidade do Bairro da Paz. O projeto tem o objetivo de ajudar na articulação dos jovens com os movimentos sociais, promovendo a cidadania e a inclusão. Formado basicamente por jovens, a organização tem como instrumento de luta a libertação do povo negro, o movimento hip-hop de superação ao racismo e a inclusão social. ? A iniciativa começou como um espaço para troca de alternativas, experiências e informações relacionadas à cultura do hip-hop, afirma Tom Nascimento, de 31 anos, um dos líderes do Clã Periférico. Para Tom, o projeto agrega, através da cultura hip-hop, várias iniciativas importantes que buscam a transformação social e fortalece movimentos sociais e culturais, tendo a educação e a informação como instrumentos de mudança social. ?Nós buscamos a cidadania através da cultura e da educação popular?, lembra. O grupo leva para a comunidade atividades gratuitas como debates, palestras, profissionais ligados ao hip-hop, oficinas, dança e grafitagem. ?A periferia precisa de instrumento. Ela é riquíssima, pois temos vários filósofos, vários arquitetos e cientistas, precisamos de muito incentivo?, desabafa Tom, e lembra que o movimento hip-hop não é só música, e sim um movimento político e social de resistência. AÇÕES - O grafiteiro Fábio Silva Mota, de 20 anos, que faz parte do Grupo de rap ?Que Chorou? e do Grupo Grafita Salvador, lembra que o movimento hip-hop apenas retrata o que é a periferia. ?É na periferia que muitos projetos e iniciativas que buscam mudanças culturais e sociais provam que não é só a violência que caracteriza essa região.? Fábio ressalta ainda a importância do trabalho de divulgação do movimento hip-hop em escolas, no intuito de levar essa cultura de resistência para pessoas que não estejam engajadas. ? Através de seu potencial mobilizador, o movimento hip-hop oferece visibilidade a várias ações.? Outro idealizador do projeto é Carlos Augusto de Jesus, conhecido como Bagdá, de 25 anos. Ele vê a periferia como fonte criativa, inspiradora e multiplicadora. ?O projeto para mim é como uma rede de amizades que busca trazer novas maneiras de produzir solidariedade, resistência e lutar por melhores condições sociais?, salienta. Bagdá diferencia o movimento hip-hop de outros movimentos culturais. O hip-hop tem como protagonistas jovens da periferia que se expressam através da arte, da música ou da dança, explica. Atualmente, cerca 60 pessoas trabalham com o Clã Periférico. ?Após seis anos de trabalho com o hip-hop dentro Bairro da Paz já temos muitos grupos formados. As pessoas se sentem atraídas por esse trabalho que realizamos na comunidade?, ressalta Bagdá. A Organização Sócio-Educativa Cultural Hip-Hop Clã Periférico ?Família da Periferia? promove até março de 2007, uma série de eventos a respeito da livre orientação sexual. As atividades acontecem na Praça das Decisões, final de linha do Bairro da Paz. Durante os encontros, são realizadas exibições de vídeos, apresentações, oficinas, palestras e debates. Serviço Organização Sócio-Educativa Cultural Hip-Hop Clã Periférico ?Família da Periferia?
Telefone: 71 9134-0674 / 8188-0183 / 3367-4220

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